O que quer que aconteça, não pode mudar uma coisa. Se sou uma princesa em trapos e andrajos, posso ser uma princesa por dentro. Seria fácil ser princesa se eu estivesse vestida com tecido de fios de ouro, mas é um triunfo ainda maior ser princesa o tempo todo, sem ninguem saber.


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domingo, 27 de fevereiro de 2011

Coisas


Eu queria pedir desculpas para as pessoas que não conheço. Do tipo " não é você colega, sou eu ". Eu é que não vou dar conta, eu é que não vou me abrir.
Estava ensaiando, colando na porta do laboratório e descolando. Sem entrar, evitando postagens. Sempre tenho que me render, e os motivos são completamente diferentes. Senti falta dessa conversa comigo mesma, da discussão vazia do que vai ser e o que não será. Minhas palavras são sempre carregadas do futuro, talvez eu não saiba viver o presente. Por isso dei uma respirada lá fora, pra esperar, sem cogitar... as coisas acontecerem.

Aproveitei que o bonitão está dormindo de boca aberta no sofá, pra contar sobre ele. Maaas desisti. Ainda não é o momento, que eu até fiz e refiz, esse texto está pronto na minha cabeça e no meu coração. Desta vez, o post é sobre novos amigos:

Não foi uma decisão, eu não simplesmente pensei "não quero". Mas eu não quero mesmo, é um troço fatídico e profundo e pesado que eu sinto aqui dentro. Bem no meio do peito. Não vou fazer amizades novas. Não quero deixar o meu lápis cair pra pessoa do lado pegar porque meus olhos estarão cheios de julgamentos e de pura falta de esperança e dedicação. A minha cabeça tomba pro lado com a palavra "grupo". 

Porque hoje prefiro fazer só e ficar só. Lá fora, do outro lado das paredes de 7 ou 6 andares... me disponho a abrir a boca ou sorrir para as pessoas que já conheço. Quer dizer, eu ainda sou eu. Mas só lá fora.

Mesmo que por enquanto.

Current status: o bonitão acordou e ganhei uma bronca por ainda estar online. Então, câmbio desligo.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Check-in closed.

Acabei de falar com uma garota que não conheço, para perguntar se poderia entrar no twitter aqui no laboratório da Universidade nova. É isso, minha vida tem-se resumido a falar com "gentes e gentes" estranhas. Mas eu não poderia fazer um resumo, não seria digno com toda essa coisa leia-se mudança. Começou no aeroporto, suando frio pra pedir pra outra moça desconhecida passar um pouco do meu excesso de bagagem. Isso porque eles não pesaram nada emocional. Aquela coisa que também chamam de bagagem, do contrário, eu estaria falída.

Subi no avião e comi um sanduíche natural de frango, normalmente torceria o nariz pra comida de procedência desconhecida. Mas o que mais eu estava fazendo além de voando para o próprio desconhecido? A partir dali eu teria tudo novo. Então comi num ritual simbólico de passagem e de fome. Só não me lembro qual pé usei para descer do avião, direito ou esquerdo. Mas de qualquer forma vou descobrir.. dependendo de como for o meu ano. supertição modo on.

Pausa pra dizer... que ganhei rosas cor-de-rosa na chegada.

Mudar é tão doido. Você se joga fora da sua zona de conforto num prédio de 6 andares, 4 elevadores e cinco mil escadas rolantes. Para onde ir? Taantas opções para se perder. Parece que a cama nova não vai dar preguiça, a casa não será tão legal e nem a rua tão estranha o suficiente para ser sua. Aqui tudo é pequeno e estacionam os carros um de cada lado em ruas minúsculas. Ok, quando eu era criança e só precisava fazer a bicicleta passar. E chove todos os dias. Acho que terei três mil e quinhetas sombrinhas este ano. Na cidade antiga, a sombrinha rosa claro ficou desbotada. Mas não perdi, por incrível que pareça, ou mesmo pela extrema falta de uso, tudo ao contrário daqui. Vou até colocar uma foto. Quando tirar uma.

Saudades sim, vão ficar e serão coisa permanente. Mas vamos lá. Pro mundo novo, com chuva que eu sei que vai me pegar desprevenida e ruas com sentidos que não entendo e pessoas que se vestem de.. outras formas. Saudades vão ficar.

Current status: Princesa em qualquer lugar.