O que quer que aconteça, não pode mudar uma coisa. Se sou uma princesa em trapos e andrajos, posso ser uma princesa por dentro. Seria fácil ser princesa se eu estivesse vestida com tecido de fios de ouro, mas é um triunfo ainda maior ser princesa o tempo todo, sem ninguem saber.


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domingo, 31 de outubro de 2010

Whenever

Este post não é para mim.

Quando seu mundo inteiro desaba e você não sabe o que fazer.
E parece que todos podem ver a sua tristeza, 
como se seu peito estivesse transparente.
Sobre como é não conseguir achar o caminho de casa.
Como estar dentro, e se sentir sem lar.
Como querer aprender a desconfiar das pessoas.
Quando parecer a última chance de fazer o que é certo.
E como se todas as fibras do seu corpo pudessem doer.
Como se pudessem mesmo, e você pode senti-las.
E seu coração parece então trair a mente.

Quando as direções parecerem escuras e
as opções turvas, e você não tem a quem procurar.
A quem pedir a verdade, e o perdão.
Esperando lembrar de onde pertence.
Quando seus pés parecerem presos.
é tudo um teste, e você precisa passar.
E as esperanças estiverem se esvaindo,
e você não conseguir alcançar um norte.
Pense no valor de tudo.
Você tem que passar esse teste.
Então, feche os olhos, respire... fique calmo. E continue.

Keep Calm, and carry on.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O Amanhã

Não entrei pra não piorar e entrei pra não ficar doente. Doente sem internet, sem msn. Voltei meio quebrada dessa viagem. Os últimos dias têm sido totalmente estranhos, parece que deixei meu corpo em algum lugar e só a mente está comigo. Guardada dentro da enorme bolsa preta. Estou presa em um futuro que apenas imaginei, e assim esqueço do que me acontece no presente. Talvez não seja só o problema da memória ruim, talvez eu só não esteja mesmo aqui.

Ando toda futurista, decorando a minha casa dos sonhos de amanhã. Finalmente descobri por quê as pessoas saem de casa, e largam o comodismo dado pelos pais. Só que descobri ainda muito cedo, enquanto eu ainda tenho que ficar. Escolhi colheres de salada coloridas e modelos de quarto que não sei se caberão no meu bolso, apertado de estudante. Mas sei que um dia vai caber.

Virei o Dr. House para dias de dor, e Dr. House na terapia para dias melhores. Como posso ter criado dois eixos em tão pouco tempo? Será que antes havia só um?. Ou estou toda boa, alegre e contente, ou mostrando os dentes para qualquer um que ouse não me fazer parte. Não ter o mínimo possível de aceitabilidade no meu mundo ou não queria ser legal pra mim. Ironia + sarcasmo + gentileza+ educação + dentes bonitos + senso de direção + inteligência e bom humor = aprovado nas condições mínimas.

 Não sei, talvez eu queria ir em uma dessas festas que estão anunciando por aqui. Hello fantasia de Halloween, meia calça e botas pretas. Mas ainda são um talvez, se eu não estiver toda House esse dia.

 Uma dose de perspectiva e duas de paciência, por favor.

Current status: Sonolenta, por causa dos remédios para não ficar House.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Unavailable

Eu sou uma pessoa crítica, e isso f&#$ atrapalha a minha vida o tempo todo. Algumas pessoas simplesmente não passam despercebidas, não passam maas também não ficam (do verbo ficar perto). Outras tão doces e tão abertas, merecem ser citadas, e me fazem dizer obrigada por isso.

Não sei dizer bem o que sinto em relação aqueles que me deixaram, na verdade, sei. Mas seria ruim demais escrever, porque isso também dói. Sentir falta, é como ter um buraco no asfalto em nossa frente e só  ter a opção de subir na calçada e continuar. Isso tem nome. Saudade. Mas eu não queria ter, então vou ignorá-la até essa coisa sair de mim, e espero que não demore.

P.s.: Nem era isso que gostaria de dizer nessa postagem, vou viajar porque é com j. Viagem é com g. 

Então beijo na bunda blog, até segunda.

Current status: Princesa, no matter what².

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Whisper

Meu pai me ligou hoje com a voz de trovão. Mas era a voz na potência máxima das vozes. Era voz de pai mesmo. Eu acho que ele sempre tenta fazer essa voz para que eu lembre que ele é um pai, e é o meu e tal. Estava chegando em casa quando meu celular começou a tocar na bolsa, e era o toque daqueles para os quais eu não me dei o trabalho de escolher um toque especial. Que triste, meu pai não tem um toque especial e ainda me ligou para fazer perguntas sobre coisas que ele ouviu sobre a minha vida.

Acho que se eu convivesse com ele, não nos daríamos bem sempre, são muitas visões e idéias extremamente diferentes. Depois de dois meses, sem nem uma mensagem que fosse. Me liga e me enche de perguntas. Tá, eu penso - o que responder? e escolho a verdade, uma resposta bem superficial e rápida. Eu sempre senti falta dele, e sua presença sempre foi tão irregular que tornava minha vida ao contrário por uns dias. Dias, o período de tempo máximo que geralmente tenho dele, com sorte. De vez em quando ele liga ou eu ligo quando preciso de alguma coisa que quero muito e não posso ter sozinha ou não quero pedir para outra pessoa, ou ligo sem interesses como quando liguei para contar que tinha passado na prova prática da auto-escola. Depois mamãe falou que ele ia pensar que eu queria um carro. Nem pensei nisso, mas bom, ele podia pensar então.

Acho que toda menina merece ter um pai, uma figura paterna ou pelo menos um começo de história com um, como eu tive, para chamá-la de minha princesa, construir balanços, ensinar a jogar cartas, andar de bicicleta sem as rodinhas e coisas mais sobre a vida. Meu pai não percebe, mas eu ainda o chamo de senhor na tentativa de que ele mesmo não esqueça quem é.


How I wish you could see, everything is happening to me. Daddy, my heart won't let you. I miss you.

Mas agora sente-se e escute: eu te amo não diz tudo.

Current status: Princesa, no matter what.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Sem palavras

eu- me explica.
G- ele se foi, em um acidente.
eu- caramba.
G- to sem chão, tá difícil respirar.
eu - caramba.
eu- não chora, vai passar.
G- um dia.

eu só acho que ninguém que é amado, poderia ter permissão de partir.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Como inaugurar em mim o pensamento – Parte 2.

Eu nunca escrevi sobre isso, mas senti que em cada linha de tudo que já foi escrito por mim, que deveria ter feito. Para me libertar dessa sensação doida, e é exatamente pra isso que esse blog existe, liberdade. 

Até bem pouco tempo atrás pipocavam na minha cabeça assuntos diversos do tipo "se eu tivesse um blog, escreveria sobre isso", até ensaiei num bloquinho os primeiros textos e depois de semanas rasguei e joguei tudo fora. Escrever, sim, é sobre escrever que eu to falando. 

Nada mais me desvirtua do que um texto, porque  escrever sabendo que outras pessoas podem ver, é estranho e complicado, eu estava presa numa condição inevitável, na minha zona de conforto imaginária, onde o fato de não escrever liberava uma sensação que me amortecia, uma aplicação geral de endorfina. Hipodermicamente falando.  Meus pensamentos presos, são meus e isso me conforta, me dá uma falsa sensação de segurança. Pensar no que escrever é tão natural  que tenho medo de que o fato de escrever possa me emburrecer.


Mas escrever, escrever é a minha droga favorita é a xxx-ína do meu mundo. E eu não vou, não quero e não posso ignorar isso.


Current status: Uma princesa só descobre que ainda tem forças, quando perde a vontade de vencer.



Extra
Sobre domingos: Eu realmente não sei o que fazer do meu domingo, na verdade também não saberia se tivesse que pensar nisso todos os dias, por exemplo: "O que fazer com a segunda?"  tal. Chega de exemplos, nota mental: não sou boa em exemplificações. Vou ter que viajar esta semana, a pergunta é: de trem ou de ônibus? levar ou não levar meu quarto dentro da minha bolsa? Queria taaanto.

Current Status (2): Precisando de um super plano.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Como inaugurar em mim o pensamento - Parte 1.

Este texto foi escrito por razões emocionais, para o final de ano.
O ano em questão, 2008.

Este ano já é praticamente passado na vida de todo mundo, e todos escrevem sobre o que passaram, suas alegrias e tristezas, e as resoluções tão tradicionais nessa época. Eu digo que este ano foi o ano das pessoas, elas que tanto fizeram acontecer. Eu sentei e as assisti, umas partindo sem dizer tchau e outras chegando sem nem dizer um oi. Mas ainda sim me senti sozinha, mesmo rodeada de pessoas, com suas falas exaltadas e seus sorrisos colados com fita adesiva, por isso este ano fiz as malas e mudei para o meu mundo...fiz mais parte de mim.

Senti falta de lugares onde eu nunca estive, mas que por muitas vezes desejei estar, algumas vezes gostaria mudar pra aquela tal segunda estrela a direita, pra seguir reto até o amanhecer. Mas não pude cultivar a síndrome de Peter Pan por muito tempo, pois com a idade vem as responsabilidades, que dormem e acordam com você. E daí bate a saudade da infância. Este ano, conquistei corações, que moram em potes de ouro, causei sentimentos que não gostaria de ter causado, e sei que todas as dúvidas e inseguranças que despertei são fruto da minha postura quase sempre desprendida e solta demais. Por causa disso, esse ano me amaram, me aguentaram, até me alimentaram, mas também me deixaram, quebrando a última claúsula do meu contrato de boa existência. Mas é claro, essa é a parte dolorosa do texto, e que eu prefiro não escrever. Então deixo uma linha em branco para que essas lembranças ruins não sejam resgatadas nas minhas palavras. (_______________________________________________________________).

Por vezes, liguei a minha televisão emocional com volume no máximo, pra fechar os olhos e pensar. E isso parece bom, porque dizem que é assim que a gente amadurece não é? Levando tombos e com quase as mesmas sílabas, levantando. Esse ano me entreguei, e quis valorizar quem resolveu não retribuir mais. Foram choros de alegria e de dor, que eu sei que quando sacudir estas poeiras que por hora me prendem ao chão, terei um ano novo mesmo muito próspero.

[Ri quando vi a "parte em branco", ri de mim e fiquei feliz por ter sido tão esperta, lembro-me das coisas que poderia ter escrito, e que se tivesse lido, mesmo que hoje, teriam me feito triste. Achei esse texto estranhando um arquivo chamado "2009", e resolvi colocar na lembrança deste blog, para quando escrever o que me aconteceu em 2010, possa lembrar que este ano, eu não tive nenhum espaço em branco.]

Current status: Princesa delicada.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Deslocada. Desbocada.

Eu olho para o mundo e não entendo muito do que vejo. As pessoas vivem em ritmos tão circulares, fechados a ponto de serem únicos. Não entendo por que não se dão uma chance de ao menos cogitar uma nova direção. Olhar ao redor. Tanta gente pensando só em ter, fazer e acontecer e eu aqui batendo a minha cabeça para descobrir como ser. E eu os acho felizes, porque eles parecem que são. A verdade é que eu, tão figurinha  fora de coleção, também gostaria de me encaixar sem questionamentos. 

Como uma peça de quebra-cabeças, com toda certeza de que era mesmo para estar ali

... Fuck the haters, the FAKERS, the people who think they know you. the one that want to bring you down. the liars. the 2 faces. and all them that say you can't.

Current status: Princesa do avesso.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Unicórnios coloridos

3. Foram pelo menos três versões diferentes de como eu poderia começar essa nova postagem. Pois sim, depois de um dia inteirinho esqueci todas. Andei pensando que preciso mandar analisar a minha cabeça porque alguma parte da minha mémoria deve ter sido cauterizada junto com o meu cabelo. Já coloquei culpa na correria do day-by-day, nas minhas milhares de noites mal dormidas, no sedentarismo, no mundo tecnológico que deve estar sugando a minha mente para a terra dos unicórnios coloridos que vendem tudo através da TV, e até de uma suposta velhice precoce.

Quando eu era criança, minha mãe me fazia de agenda telefônica. Então 20 anos devem significar alguma coisa no cérebro, só posso ter algum tipo de desgaste, aloow até as pastilhas dos freios de carros desgastam [meu auge de entendimento do assunto], por quê  com a minha cabeca, que carrega tantas lembranças, informações, referências e inutilidades acumuladas durante essas duas décadas, seria diferente? Vai ver ela  seja bem humilde, e opere mesmo com 256MB.

Só quem esquece se colocou as chaves na bolsa, ferro ligado, a comida no microondas e se já passou desodorante ou não, é que sabe dessas coisas. Eu escuto e esqueço, pareço um marido de uma mulher muito reclamona, a informação entra e automaticamente é pulverizada. E então, lá está eu de novo como uma completa idiota fuçando os cafundós da minha memória para tentar resgatar algum fato sobrevivente. Sou o próprio Titanic da memória, você sabe que a cabeça é até grande, mas tudo lá dentro vai afundar.

Princesas sempre têm final feliz. E dizem que o caminho da felicidade é ter uma péssima memória...

Current status: Princesas sempre observam lados positivos.

domingo, 10 de outubro de 2010

Princesa temporária

Eu geralmente não ligo pro que falam de mim, ou para o que pensam de mim. Uma princesa sempre dá a outra face. Mas e quando você sabe que tem mesmo aquele bendito defeito de que tanto falam, e que te parece impossível de mudar do tipo geneticamente impossível!? Então, por causa disso hoje eu fui uma princesa temporária. 

Acordei super cedo até mesmo para um dia da semana, os passarinhos me arrumaram e fui fazer o que tinha que fazer o que não vem ao caso. Passei o dia inteiro morta de sono mas bem e sendo uma boa princesa. Porém, e sempre tem um porém cretino que detona a minha vida. A noite não foi das melhores. Resultado: unhas cor de azeitona que detestei e não vão durar dois dias e mais uns projetos de rugas para quando eu fizer 50.

Current status: Princesa suprimida.
Mas eu tento.

sábado, 9 de outubro de 2010

De princesa...

vou me dissipar em ódio. A vida é dura e o amor é burro cego. Pronto falei. Não era pra ter um blog e parar de morar com o desaforo e dormir com a ironia? Então, vamos começar com o meu pior, quem sabe eu passe no teste e me torne uma pessoa melhor colocando pra fora tudo que eu me esforço o dia inteiro pra entocar no fundo da minha mente surtada. Nunca entendi aquela história maluca de que Jurema ama Justino que ama Josefina que ama um... jegue?. Ok, não sou boa em sequências, mas não é pra ter lógica. Onde está aquele sapato velho pra TANTO pé descalço? Porque todo mundo anda tão sozinho? Tão auto-suficiente.

Eu queria muito ser,
auto-suficiente.

current status: surtando geral.
De princesa hoje, eu não tive nada.