O que quer que aconteça, não pode mudar uma coisa. Se sou uma princesa em trapos e andrajos, posso ser uma princesa por dentro. Seria fácil ser princesa se eu estivesse vestida com tecido de fios de ouro, mas é um triunfo ainda maior ser princesa o tempo todo, sem ninguem saber.


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terça-feira, 12 de outubro de 2010

Unicórnios coloridos

3. Foram pelo menos três versões diferentes de como eu poderia começar essa nova postagem. Pois sim, depois de um dia inteirinho esqueci todas. Andei pensando que preciso mandar analisar a minha cabeça porque alguma parte da minha mémoria deve ter sido cauterizada junto com o meu cabelo. Já coloquei culpa na correria do day-by-day, nas minhas milhares de noites mal dormidas, no sedentarismo, no mundo tecnológico que deve estar sugando a minha mente para a terra dos unicórnios coloridos que vendem tudo através da TV, e até de uma suposta velhice precoce.

Quando eu era criança, minha mãe me fazia de agenda telefônica. Então 20 anos devem significar alguma coisa no cérebro, só posso ter algum tipo de desgaste, aloow até as pastilhas dos freios de carros desgastam [meu auge de entendimento do assunto], por quê  com a minha cabeca, que carrega tantas lembranças, informações, referências e inutilidades acumuladas durante essas duas décadas, seria diferente? Vai ver ela  seja bem humilde, e opere mesmo com 256MB.

Só quem esquece se colocou as chaves na bolsa, ferro ligado, a comida no microondas e se já passou desodorante ou não, é que sabe dessas coisas. Eu escuto e esqueço, pareço um marido de uma mulher muito reclamona, a informação entra e automaticamente é pulverizada. E então, lá está eu de novo como uma completa idiota fuçando os cafundós da minha memória para tentar resgatar algum fato sobrevivente. Sou o próprio Titanic da memória, você sabe que a cabeça é até grande, mas tudo lá dentro vai afundar.

Princesas sempre têm final feliz. E dizem que o caminho da felicidade é ter uma péssima memória...

Current status: Princesas sempre observam lados positivos.