O que quer que aconteça, não pode mudar uma coisa. Se sou uma princesa em trapos e andrajos, posso ser uma princesa por dentro. Seria fácil ser princesa se eu estivesse vestida com tecido de fios de ouro, mas é um triunfo ainda maior ser princesa o tempo todo, sem ninguem saber.


Páginas

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

All that I'm living for, all that I'm dying for.

Estou eu aqui, dando as caras depois de ... depois do que mesmo? Com medo de fazer o login e não ter como contar as coisas que acontecem. Porque ainda não é hora, simplesmente isso.

Será que o mundo pode entender que só dessa vez, não sei o que quero?

Então cá estou eu, sentada usando o notebook alheio na casa dos outros, longe do que eu aprendi a reconhecer como casa, do meu cachorro e do meu pseudocarro. Feliz comigo mesma por ter tido a inteligência de gravar as músicas do meu The Open Door neste computador, pensando nos primeiros posts do ano... pra explicar tudo, até os jornais comprados.

Que raiva ter um blog e não poder escrever, não era isso que eu queria.

Do you ever feel like a plastic bag?
Drifting throught the wind
Wanting to start again
Do you ever feel, feel so paper thin
Like a house of cards
Love. Katy Perry

If I only knew how to pull myself apart...se pudesse.

Current Status: Natal com saldo positivo em presentes, e negativo na conta.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Climinha natalino

Que lindo é o clima de Natal, tudo vermelho, papai noel para um lado, presentes do outro. Certo? Não, o Natal pra mim tem sempre um quê de desastroso. Muitos de meus Natais, foram péssimos, literalmente. Uma parte ótima é escolher presentes pra quem gostamos, sem precisar de desculpas, e poder se despedir de Deus e todo mundo com uma frase diferente "Feliz Natal".

Penso que em janeiro vou pedir ovo frito na casa das pessoas, de tanto que já gastei esse fim de ano, o meu salarinho querido direto pro bréjo. E este tempo nublado, com chuva o tempo todo, que colocou a minha alergia em mode on. Não dá pra saber se você acordou tarde ou cedo demais. A cor do céu é sempre a mesma, e a sua sombrinha fica com cheiro de coisa guardada sem enxugar, e as roupas também ficam. Meu estoque de roupas secas sob o sol acabarão, e eu terei que me render.

Eu já passei natais:

 -Onde não queria estar. 
- Na casa de estranhos.
- Sem meus pais.
- Brigada com mamãe.
- Dormindo.
- Em uma delegacia.
- E este ano, em um avião!. 
  
Na verdade, terei que me render de qualquer jeito. Ok, vamos ver o copo meio cheio... e esperar. 

Para constar: A frase abaixo do banner, é de um filme que marcou a minha infância. Tão doce e tão fantasioso quanto poderia ser. A Little Princess (A Princesinha), de Frances Hodgson Burnett.

- Don't tell me you still fancy yourself a princess? Child, look around you! Or better yet, look in the mirror.
- I am a princess. All girls are. Even if they live in tiny old attics. Even if they dress in rags, even if they aren't pretty, or smart, or young. They're still princesses. All of us. Didn't your father ever tell you that? Didn't he?

___

-Papa? Maya told me that all girls are princesses.  
-You can be anything you want to be, my love, as long as you believe.
-What do you believe? 
-I believe that you are... and always will be... my little princess.


Current status: Tentando entrar no espírito natalino.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Queime depois de ler...

Aquela velha frase “pára o mundo, que eu quero descer” já não me cabe mais. Logo eu que sempre escuto minhas músicas calmas, e fico calma no meu canto calmo. Ando toda social com roupinhas e sapatinhos mega escolhidos e analisados. Estou em outro dia, dirigindo pela cidade, usando salto alto e dançando com as meninas do jornalismo. Rindo com as meninas do design. E eu sinto, que não, nem tudo aquilo ali é meu, pode escorrer pelos meus dedos. Mas tem sido tão bom, esquecer de um mundo batido e estar “one hundred per cent” em outro. 

As coisas mais diferentes e mais loucas têm acontecido. Me sinto outra, sem ter feito muito esforço, como se estivesse apenas adicionando gadgets para obter novas versões de mim para download. E não sei exatamente até quando essa sensação vai durar, mas é como viver no futuro. Sempre batalhando para estar um passo a frente
.
Fui à primeira festa de adulta do ano. A que realmente valeu como uma, e eu lá, me misturando com os outros, porque faço parte do todo. Para algumas pessoas isso não é nada, mas eu sou do tipo copo meio cheio, acho que devemos aproveitar uma oportunidade ao máximo e se jogar. Se não der certo, aluga Titanic e toma chocolate quente. Para essa festa, fiz tudo sozinha, até as besteiras com o cartão de crédito. Sorte que penso que dinheiro é mesmo feito para se gostar, não adianta nada ter um monte na conta e viver passando vontade. Outra coisa que já sinto, é uma saudade enorme de 2010, acho que ele não queria acabar, nem eu queria que ele acabasse. 

Gostaria de conseguir passar, com exatidão tudo que aqui escrevo correndo, doida de vontade de me render a preguicinha, cair na cama e aproveitar o friozinho da chuva insistente.

Current status palhacinho: “tá na mão cara de mamão? ou você não quer cara de chulé?”

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Coller than me.

Coisas a dizer:
Eu sou a nova outra menina

E obrigada a ela, pelos selos.

Agora preciso dizer as 10 coisas sobre mim.
E presumo que sejam, 10 coisas permanentes...

1- O segundo metatarso de um dedinho do pé esquerdo, é quebrado e dói.
2- Eu tenho asma.
3- Gosto mais de ficar em casa, do que de me arrumar para sair.
4- Gosto de dirigir bem rápido, com a janela aberta e ouvindo música.
5- O meu brigadeiro de panela é muito bom.
6- Eu sei fazer bolos de verdade.
7- Meu seriado preferido é Gilmore Girls.
8- Eu sou tão boa com ditados quanto o Chapolin.
9- Quando tinha 7 anos, escrevi uma cartinha para o papai noel querendo uma bicicleta vermelha.
10- Andei de bicicleta vermelha até os 10.

About the future

Aceito o fato de que não preciso ser como todo mundo.
Aceito que posso fazer o que é certo pra mim.

Mas peço paciência e força, para aguentar e prosseguir mesmo com tudo aquilo que eu não sei lidar, tudo que dói, tudo que preciso suportar, todas as incertezas que pesam em meu coração, atrapalham meu crescimento e inquietam minha mente.

Aceito o fato de que sou não sou independente, mas peço que essa dependência seja boa.

Aceito porque sou feita de erros, sonhos que não queria ter, saudades esquecidas, lembranças não vividas, amigos perdidos, segredos guardados e uma grande quantidade de referências inúteis.

Aceito que ainda preciso caminhar muito... para chegar aonde quero.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Muitas histórias

Ligação para o técnico:
Oi, meu nome é _ e estou a mais de 3 dias sem computador.
Oi - bem vinda, que bom, você está tentando ficar sóbria por quê?
Porque o meu computador não liga mais.
Então é o HD, tem que formatar.
 _

Ok, perder todas as informações de anos? Lobotomia tecnológica no coitado? O que meu HD fez pra você seu técnico, hãm? Nem pensar, deixa que eu dou outro jeito. Macumba, talvez.
_

Eu andei pensando, e sim, a pessoa praticamente de férias da faculdade,  tem tempo de pensar. Como as coisas funcionam na minha vida, e o quanto passo tanto tempo sozinha comigo mesma sem fazer o 'realize' dessas coisas. Descobri que sou fácil, assim de verdade, para descobrir as coisas basta perguntar. E a louca desata a falar da vida inteira. E que falo com estranhos, mais do que com conhecidos.

E que não tenho nenhuma resolução nova de fim de ano, e que esse ano, pensei eu, lembrando de uma determinada pessoa, mudei muito. Não sou mais a mesma, me arrisco mais, corro mais, e não sei o que realmente me fez ficar assim, dizer 'tanto faz' não é o meu estilo, ou não era, porque hello, sou eu a neurótica com tudo ao alcance, no controle, palpável. Eu sou de planejar, construir pontes se for preciso. Então quem é esse ser que se apoderou de mim?

Ainda continuo com o mesmo sorriso, mas pensamentos diferentes, como se houvessem duas de mim falando alto aqui dentro, então não posso escutar as duas ao mesmo tempo. Oi queridas, slow down. Sou só apenas uma pessoa tentando descobrir o que fazer de si mesma. Mas não era isso que eu queria escrever, queria contar do último dia, e como ele foi totalmente meu. Como a falta de energia fez todo mundo sair de suas salas e ir conversar, interagir. Como o silêncio me permitiu abrir as janelas e sentir o ar frio de chuva, e correr atrás das folhas que entraram. Decepcionada inicialmente pela calmaria, mas depois, pensei que de algum modo, era um jeito especial de terminar um trabalho. Com calma e paz, simplesmente essa coisa que muita gente leva a vida inteira sem ter sentido. Obrigada de novo, porque eu fiz parte.

Sinto que estou em processos de descobrimento do horário vago, do tempo novo, dos dias que restam para o Natal e sobre o que eu não sei o que fazer com ele e nem para ele.  Contudo, estou feliz pelas minhas escolhas, que bom pelas minhas... escolhas que fiz pra mim ... foram elas que me trouxeram até aqui.


Current Status: Caminhando para novas escolhas, com passos pequenos mas bem, obrigada.

A Song to play in my heart

Sempre que eu tento te falar
Você está longe demais para me ouvir...

Uma música tocando no meu rádio
E eu começo a pensar, onde você está
Que eu quero te ligar
Mesmo sem nada novo pra falar
Um filme fofo tá passando na tv
E eu me lembro de você
Começo a imaginar, se a gente se casar
Eu juro, eu nunca mais vou reclamar.

Será que você pensa em mim como eu penso em você?
Será que algum dia eu vou saber?
Eu não me importo se você quiser sorrir
E me falar que eu sou tudo pra você
Me diz, o que eu sempre quis ouvir, vem dizer
Eu não vou enjoar, então pode falar
Todas as vezes que você pensar em mim
Assim, eu fico mais feliz, então pode falar.

Manu Gavassi.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O ligador.


Ok, então lá estou eu dormindo o sono dos justos, pelas tantas da manhã, o meu digníssimo Corby rosa pink toca. Ok de novo, ele sobreviveu porque é rosa, e eu ainda não terminei de pagar. Doesn’t matter e blá blá blá. Quem liga para outro ser humano as 04 e 19 da manhã sendo que a pessoa tem que estar toda linda e arrumada no salto nº12 às 07:30? 

Oi – diz o que liga no número confidencial para as pessoas às 4 da manhã.

Oi, por que ta me ligando que horas são? – diz a pessoa que deveria estar dormindo o tal sono dos justos.

Você não devia ta me ligando essa hora o que aconteceu? – eu pensando que era outra pessoa.

Mas você não sabe quem está falando – diz o salafrário.

Não? Então quem é? – eu disse.

Hm, você não me conhece, sou o Anderson.  – diz esse aí que eu acho que mentiu o nome.

É não conheço você mesmo, nenhum Anderson, Qual é o meu nome Anderson?
 – digo eu na tentativa de ser esperta mesmo morrendo de sono.

Ah, isso eu também não sei, mas gostaria de te conhecer – diz o idiota.

Então vai ficar sem saber, me faz um favor Anderson? Vai dormir.
Fim da ligação
Idiota.
Current status: Sorte a dele, que eu não acordo de mau humor sempre.

domingo, 21 de novembro de 2010

On My Own

Eu estava muito doada, e ainda estou. Ela sabe disso, todo mundo percebe, porque quando recebi um sim de lá e um não de cá. Bom, então virei minha vida no lá. Viajei para lugares distantes, com caminhos cansativos. Acordei cada dia mais cedo, ou melhor, não dormi com medo de não acordar na hora certa. Procurei me enturmar, conhecer meus colegas, saber identificá-los, para saber como agir em cada momento. E consegui, semana que vem, finda meu primeiro "ano". O primeiro de todos desde os meus 16 em que fiquei feliz  por estar trabalhando em um determinado lugar. O lugar em que cheguei, fui conhecida, e agora sou reconhecida.

Não, tudo isso não significa de maneira alguma que "lá" foi mais fácil, porque não foi. Também fiquei  estranha quando percebi que não sabia onde estava pisando. Mas sabia o que queria, e queria ter meu nome chamado. Queria atender o telefone, ouvir meu nome, e poder resolver. Queria aprender tudo, e fiz bem mais do que poderia imaginar, do mesmo jeito que super aprendi uma penca de coisas. E obrigada "lá" por isso e pelo seu cunho social que atinge diretamente a minha profissão. Não poderia ter sido mais certeiro, eu realmente me encaixo lá.

Olá "cá", como gostaria de estar aí desde o início do ano. Obrigada mesmo assim, por me deixar entrar. Você é como ouvir I dare you to Move do Switchfoot de trilha com uma câmera em velocidade avançada. Mas tudo bem, é uma comparação estranha para um lugar que ainda me é estranho. Estou aberta, sou princesa de vocês também. Não se preocupem nunca, eu sei separar as coisas. Quero fazer parte, e ter minha voz reconhecida e escutar meu nome no telefone também. Não pense que me entregarei da mesma forma. Porque não vou, a quantidade de doação será duas vezes maior, e eu estou pronta.

Como uma lagarta na árvore. Sonhando com a sua hora de poder voar longe.

Current Status: Um dia de salto 7, outro de sandálias, mas eu ainda sou princesa usando qualquer um dos dois.

sábado, 13 de novembro de 2010

Oi, vida nova.

Enquanto andava hoje a tarde, ou de manhã, não me lembro porque agora tenho um turno a mais com coisas para lembrar, percebi que gosto de ser quem eu sou. E que não escolheria ser outra pessoa se pudesse. Tanta coisa acontece, e eu não sei por onde começar, mas quando chego em casa, mesmo agora, depois de um dia  inteiro e uma noite cheinha de trabalho, fico feliz por ter me rendido ao blogger. Fico feliz por escrever. Céus, até que enfim não é uma sensação ruim.

Mesmo agora, toda porre de sono, ainda é bom. Hoje o professor f**a me disse que tinha carro, e não andava nele pra ser sustentável. Ok, eu não sou tão altruísta assim, adoro dirigir, mas ele disse que fazer isso também ajudava a pensar melhor. E eu penso melhor escrevendo, com exceção de hoje, como disse no início, enquanto andava percebi que gosto de ser eu, e não mudaria o meu jeito de pensar, escrever, de viver e nem o de fotografar pelo de outra pessoa. E fiz tudo isso hoje, o dia inteirinho. Dei o melhor de mim nisso tudo, e no fim acho que isso é o que mais importa, o que mais ajuda a gente a crescer.

Porque hoje eu fui princesa de dois lugares, dois totalmente diferentes e vai ser assim daqui pra frente se tudo der certo. E como é estranho descobrir o quanto a gente pode ser diferente, do dia pra noite mudando tudo que era rotina, como a mulher do filme, experimentando todas as comidas do mundo e viajando por aí, sem ficar gorda claro, até porque a Julia Roberts, bom é ela né.

Vou repetir: Eu gosto de ser quem eu sou, e não mudaria o meu jeito de pensar, escrever, de viver e nem o de fotografar pelo de outra pessoa. Desculpe Cartier, nem mesmo se fosse você ;)


Curren status: Trying to be strong.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Precisava registrar.

"Sumi porque só faço besteira em sua presença, fico mudo quando deveria verbalizar, digo um absurdo atrás do outro quando melhor seria silenciar, faço brincadeiras de mau gosto e sofro antes, durante e depois de te encontrar. Sumi porque não há futuro e isso não é o mais difícil de lidar, pior é não ter presente e o passado ser mais fluido que o ar. Sumi porque não há o que se possa resgatar, meu sumiço é covarde mas atento, meio fajuto meio autêntico, sumi porque sumir é um jogo de paciência, ausentar-se é risco e sapiência, pareço desinteressado, mas sumi para estar para sempre do seu lado, a saudade fará mais por nós dois que nosso amor e sua desajeitada e irrefletida permanência." Martha Medeiros

sábado, 6 de novembro de 2010

Coldness

Eu não lido bem com casos de falsidade, ninguém gosta. Por isso respeito quem resolve me tratar de algum modo diferente. Eu não sou a Rainha da Inglaterra, as pessoas não tem obrigação de serem cordiais. Por isso mesmo a política da outra face. Então o que será que me faz ser tratada como um tipo clássico, alguém simplesmente classificável. Oi mundo, eu não quero ser tipíficada.

Eu sou adulta e responsável por mim, e o que mais me irrita, é quando tentam passar por cima disso. Então chego a extremos. Quando entrei na escola, a  magricelinha morena e do cabelo superliso já implicava comigo. Logo depois, a loira do cabelo cacheado e olhos verdes, também não ia com a minha cara. Você não seria a primeira, mas não subestime a minha inteligência, minha capacidade de discernimento e percepção.

Eu não sou e nem quero ser fácil de lidar para aqueles que me amam, então pense muito bem antes de fazer parte dos que me detestam. E se quiser mesmo fazer, bom.. cada um sabe com o que alimenta sua alma.

Ei, lembra de mim? Eu costumava significar algo pra você.

Current Status: Com o coração e a mente, em guarda.

domingo, 31 de outubro de 2010

Whenever

Este post não é para mim.

Quando seu mundo inteiro desaba e você não sabe o que fazer.
E parece que todos podem ver a sua tristeza, 
como se seu peito estivesse transparente.
Sobre como é não conseguir achar o caminho de casa.
Como estar dentro, e se sentir sem lar.
Como querer aprender a desconfiar das pessoas.
Quando parecer a última chance de fazer o que é certo.
E como se todas as fibras do seu corpo pudessem doer.
Como se pudessem mesmo, e você pode senti-las.
E seu coração parece então trair a mente.

Quando as direções parecerem escuras e
as opções turvas, e você não tem a quem procurar.
A quem pedir a verdade, e o perdão.
Esperando lembrar de onde pertence.
Quando seus pés parecerem presos.
é tudo um teste, e você precisa passar.
E as esperanças estiverem se esvaindo,
e você não conseguir alcançar um norte.
Pense no valor de tudo.
Você tem que passar esse teste.
Então, feche os olhos, respire... fique calmo. E continue.

Keep Calm, and carry on.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O Amanhã

Não entrei pra não piorar e entrei pra não ficar doente. Doente sem internet, sem msn. Voltei meio quebrada dessa viagem. Os últimos dias têm sido totalmente estranhos, parece que deixei meu corpo em algum lugar e só a mente está comigo. Guardada dentro da enorme bolsa preta. Estou presa em um futuro que apenas imaginei, e assim esqueço do que me acontece no presente. Talvez não seja só o problema da memória ruim, talvez eu só não esteja mesmo aqui.

Ando toda futurista, decorando a minha casa dos sonhos de amanhã. Finalmente descobri por quê as pessoas saem de casa, e largam o comodismo dado pelos pais. Só que descobri ainda muito cedo, enquanto eu ainda tenho que ficar. Escolhi colheres de salada coloridas e modelos de quarto que não sei se caberão no meu bolso, apertado de estudante. Mas sei que um dia vai caber.

Virei o Dr. House para dias de dor, e Dr. House na terapia para dias melhores. Como posso ter criado dois eixos em tão pouco tempo? Será que antes havia só um?. Ou estou toda boa, alegre e contente, ou mostrando os dentes para qualquer um que ouse não me fazer parte. Não ter o mínimo possível de aceitabilidade no meu mundo ou não queria ser legal pra mim. Ironia + sarcasmo + gentileza+ educação + dentes bonitos + senso de direção + inteligência e bom humor = aprovado nas condições mínimas.

 Não sei, talvez eu queria ir em uma dessas festas que estão anunciando por aqui. Hello fantasia de Halloween, meia calça e botas pretas. Mas ainda são um talvez, se eu não estiver toda House esse dia.

 Uma dose de perspectiva e duas de paciência, por favor.

Current status: Sonolenta, por causa dos remédios para não ficar House.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Unavailable

Eu sou uma pessoa crítica, e isso f&#$ atrapalha a minha vida o tempo todo. Algumas pessoas simplesmente não passam despercebidas, não passam maas também não ficam (do verbo ficar perto). Outras tão doces e tão abertas, merecem ser citadas, e me fazem dizer obrigada por isso.

Não sei dizer bem o que sinto em relação aqueles que me deixaram, na verdade, sei. Mas seria ruim demais escrever, porque isso também dói. Sentir falta, é como ter um buraco no asfalto em nossa frente e só  ter a opção de subir na calçada e continuar. Isso tem nome. Saudade. Mas eu não queria ter, então vou ignorá-la até essa coisa sair de mim, e espero que não demore.

P.s.: Nem era isso que gostaria de dizer nessa postagem, vou viajar porque é com j. Viagem é com g. 

Então beijo na bunda blog, até segunda.

Current status: Princesa, no matter what².

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Whisper

Meu pai me ligou hoje com a voz de trovão. Mas era a voz na potência máxima das vozes. Era voz de pai mesmo. Eu acho que ele sempre tenta fazer essa voz para que eu lembre que ele é um pai, e é o meu e tal. Estava chegando em casa quando meu celular começou a tocar na bolsa, e era o toque daqueles para os quais eu não me dei o trabalho de escolher um toque especial. Que triste, meu pai não tem um toque especial e ainda me ligou para fazer perguntas sobre coisas que ele ouviu sobre a minha vida.

Acho que se eu convivesse com ele, não nos daríamos bem sempre, são muitas visões e idéias extremamente diferentes. Depois de dois meses, sem nem uma mensagem que fosse. Me liga e me enche de perguntas. Tá, eu penso - o que responder? e escolho a verdade, uma resposta bem superficial e rápida. Eu sempre senti falta dele, e sua presença sempre foi tão irregular que tornava minha vida ao contrário por uns dias. Dias, o período de tempo máximo que geralmente tenho dele, com sorte. De vez em quando ele liga ou eu ligo quando preciso de alguma coisa que quero muito e não posso ter sozinha ou não quero pedir para outra pessoa, ou ligo sem interesses como quando liguei para contar que tinha passado na prova prática da auto-escola. Depois mamãe falou que ele ia pensar que eu queria um carro. Nem pensei nisso, mas bom, ele podia pensar então.

Acho que toda menina merece ter um pai, uma figura paterna ou pelo menos um começo de história com um, como eu tive, para chamá-la de minha princesa, construir balanços, ensinar a jogar cartas, andar de bicicleta sem as rodinhas e coisas mais sobre a vida. Meu pai não percebe, mas eu ainda o chamo de senhor na tentativa de que ele mesmo não esqueça quem é.


How I wish you could see, everything is happening to me. Daddy, my heart won't let you. I miss you.

Mas agora sente-se e escute: eu te amo não diz tudo.

Current status: Princesa, no matter what.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Sem palavras

eu- me explica.
G- ele se foi, em um acidente.
eu- caramba.
G- to sem chão, tá difícil respirar.
eu - caramba.
eu- não chora, vai passar.
G- um dia.

eu só acho que ninguém que é amado, poderia ter permissão de partir.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Como inaugurar em mim o pensamento – Parte 2.

Eu nunca escrevi sobre isso, mas senti que em cada linha de tudo que já foi escrito por mim, que deveria ter feito. Para me libertar dessa sensação doida, e é exatamente pra isso que esse blog existe, liberdade. 

Até bem pouco tempo atrás pipocavam na minha cabeça assuntos diversos do tipo "se eu tivesse um blog, escreveria sobre isso", até ensaiei num bloquinho os primeiros textos e depois de semanas rasguei e joguei tudo fora. Escrever, sim, é sobre escrever que eu to falando. 

Nada mais me desvirtua do que um texto, porque  escrever sabendo que outras pessoas podem ver, é estranho e complicado, eu estava presa numa condição inevitável, na minha zona de conforto imaginária, onde o fato de não escrever liberava uma sensação que me amortecia, uma aplicação geral de endorfina. Hipodermicamente falando.  Meus pensamentos presos, são meus e isso me conforta, me dá uma falsa sensação de segurança. Pensar no que escrever é tão natural  que tenho medo de que o fato de escrever possa me emburrecer.


Mas escrever, escrever é a minha droga favorita é a xxx-ína do meu mundo. E eu não vou, não quero e não posso ignorar isso.


Current status: Uma princesa só descobre que ainda tem forças, quando perde a vontade de vencer.



Extra
Sobre domingos: Eu realmente não sei o que fazer do meu domingo, na verdade também não saberia se tivesse que pensar nisso todos os dias, por exemplo: "O que fazer com a segunda?"  tal. Chega de exemplos, nota mental: não sou boa em exemplificações. Vou ter que viajar esta semana, a pergunta é: de trem ou de ônibus? levar ou não levar meu quarto dentro da minha bolsa? Queria taaanto.

Current Status (2): Precisando de um super plano.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Como inaugurar em mim o pensamento - Parte 1.

Este texto foi escrito por razões emocionais, para o final de ano.
O ano em questão, 2008.

Este ano já é praticamente passado na vida de todo mundo, e todos escrevem sobre o que passaram, suas alegrias e tristezas, e as resoluções tão tradicionais nessa época. Eu digo que este ano foi o ano das pessoas, elas que tanto fizeram acontecer. Eu sentei e as assisti, umas partindo sem dizer tchau e outras chegando sem nem dizer um oi. Mas ainda sim me senti sozinha, mesmo rodeada de pessoas, com suas falas exaltadas e seus sorrisos colados com fita adesiva, por isso este ano fiz as malas e mudei para o meu mundo...fiz mais parte de mim.

Senti falta de lugares onde eu nunca estive, mas que por muitas vezes desejei estar, algumas vezes gostaria mudar pra aquela tal segunda estrela a direita, pra seguir reto até o amanhecer. Mas não pude cultivar a síndrome de Peter Pan por muito tempo, pois com a idade vem as responsabilidades, que dormem e acordam com você. E daí bate a saudade da infância. Este ano, conquistei corações, que moram em potes de ouro, causei sentimentos que não gostaria de ter causado, e sei que todas as dúvidas e inseguranças que despertei são fruto da minha postura quase sempre desprendida e solta demais. Por causa disso, esse ano me amaram, me aguentaram, até me alimentaram, mas também me deixaram, quebrando a última claúsula do meu contrato de boa existência. Mas é claro, essa é a parte dolorosa do texto, e que eu prefiro não escrever. Então deixo uma linha em branco para que essas lembranças ruins não sejam resgatadas nas minhas palavras. (_______________________________________________________________).

Por vezes, liguei a minha televisão emocional com volume no máximo, pra fechar os olhos e pensar. E isso parece bom, porque dizem que é assim que a gente amadurece não é? Levando tombos e com quase as mesmas sílabas, levantando. Esse ano me entreguei, e quis valorizar quem resolveu não retribuir mais. Foram choros de alegria e de dor, que eu sei que quando sacudir estas poeiras que por hora me prendem ao chão, terei um ano novo mesmo muito próspero.

[Ri quando vi a "parte em branco", ri de mim e fiquei feliz por ter sido tão esperta, lembro-me das coisas que poderia ter escrito, e que se tivesse lido, mesmo que hoje, teriam me feito triste. Achei esse texto estranhando um arquivo chamado "2009", e resolvi colocar na lembrança deste blog, para quando escrever o que me aconteceu em 2010, possa lembrar que este ano, eu não tive nenhum espaço em branco.]

Current status: Princesa delicada.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Deslocada. Desbocada.

Eu olho para o mundo e não entendo muito do que vejo. As pessoas vivem em ritmos tão circulares, fechados a ponto de serem únicos. Não entendo por que não se dão uma chance de ao menos cogitar uma nova direção. Olhar ao redor. Tanta gente pensando só em ter, fazer e acontecer e eu aqui batendo a minha cabeça para descobrir como ser. E eu os acho felizes, porque eles parecem que são. A verdade é que eu, tão figurinha  fora de coleção, também gostaria de me encaixar sem questionamentos. 

Como uma peça de quebra-cabeças, com toda certeza de que era mesmo para estar ali

... Fuck the haters, the FAKERS, the people who think they know you. the one that want to bring you down. the liars. the 2 faces. and all them that say you can't.

Current status: Princesa do avesso.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Unicórnios coloridos

3. Foram pelo menos três versões diferentes de como eu poderia começar essa nova postagem. Pois sim, depois de um dia inteirinho esqueci todas. Andei pensando que preciso mandar analisar a minha cabeça porque alguma parte da minha mémoria deve ter sido cauterizada junto com o meu cabelo. Já coloquei culpa na correria do day-by-day, nas minhas milhares de noites mal dormidas, no sedentarismo, no mundo tecnológico que deve estar sugando a minha mente para a terra dos unicórnios coloridos que vendem tudo através da TV, e até de uma suposta velhice precoce.

Quando eu era criança, minha mãe me fazia de agenda telefônica. Então 20 anos devem significar alguma coisa no cérebro, só posso ter algum tipo de desgaste, aloow até as pastilhas dos freios de carros desgastam [meu auge de entendimento do assunto], por quê  com a minha cabeca, que carrega tantas lembranças, informações, referências e inutilidades acumuladas durante essas duas décadas, seria diferente? Vai ver ela  seja bem humilde, e opere mesmo com 256MB.

Só quem esquece se colocou as chaves na bolsa, ferro ligado, a comida no microondas e se já passou desodorante ou não, é que sabe dessas coisas. Eu escuto e esqueço, pareço um marido de uma mulher muito reclamona, a informação entra e automaticamente é pulverizada. E então, lá está eu de novo como uma completa idiota fuçando os cafundós da minha memória para tentar resgatar algum fato sobrevivente. Sou o próprio Titanic da memória, você sabe que a cabeça é até grande, mas tudo lá dentro vai afundar.

Princesas sempre têm final feliz. E dizem que o caminho da felicidade é ter uma péssima memória...

Current status: Princesas sempre observam lados positivos.

domingo, 10 de outubro de 2010

Princesa temporária

Eu geralmente não ligo pro que falam de mim, ou para o que pensam de mim. Uma princesa sempre dá a outra face. Mas e quando você sabe que tem mesmo aquele bendito defeito de que tanto falam, e que te parece impossível de mudar do tipo geneticamente impossível!? Então, por causa disso hoje eu fui uma princesa temporária. 

Acordei super cedo até mesmo para um dia da semana, os passarinhos me arrumaram e fui fazer o que tinha que fazer o que não vem ao caso. Passei o dia inteiro morta de sono mas bem e sendo uma boa princesa. Porém, e sempre tem um porém cretino que detona a minha vida. A noite não foi das melhores. Resultado: unhas cor de azeitona que detestei e não vão durar dois dias e mais uns projetos de rugas para quando eu fizer 50.

Current status: Princesa suprimida.
Mas eu tento.

sábado, 9 de outubro de 2010

De princesa...

vou me dissipar em ódio. A vida é dura e o amor é burro cego. Pronto falei. Não era pra ter um blog e parar de morar com o desaforo e dormir com a ironia? Então, vamos começar com o meu pior, quem sabe eu passe no teste e me torne uma pessoa melhor colocando pra fora tudo que eu me esforço o dia inteiro pra entocar no fundo da minha mente surtada. Nunca entendi aquela história maluca de que Jurema ama Justino que ama Josefina que ama um... jegue?. Ok, não sou boa em sequências, mas não é pra ter lógica. Onde está aquele sapato velho pra TANTO pé descalço? Porque todo mundo anda tão sozinho? Tão auto-suficiente.

Eu queria muito ser,
auto-suficiente.

current status: surtando geral.
De princesa hoje, eu não tive nada.